Sou filha desta terra...
Difícil descrever o que vai ao coração... Não sou poeta, escritora ou cronista; sou apenas alguém que vê a vida com os olhos de tais. Cidade de encantos e desencantos; que leva saudades da infância, das brincadeiras de rua, dos vizinhos, amigos, colégios, praças, montanhas, fazendas...
Da casa da Rua Sete de Setembro, do cafezinho com “quitanda”... Ah, os amigos, eternos amigos! Pessoas de coração grande assim como minha saudade! Que já nascem recebendo e acolhendo. Cidade que embala meus queridos, que fere com tragédias algumas famílias... Entender? Nem devo! Cabe ao pai.
Seu cheiro é diferente, seu jeito é diferente, não é a mais linda, mas... Em cada rua, uma história; uma lembrança... Lembranças essas enraizadas no coração, num misto de melancolia e alegria, numa sensação de ser minha, de fazer parte de mim!
Agora, aqui noutro lugar, alço novo vôo, em uma nova etapa, nova fase de uma vida que lá teve seu começo, que lá conheceu o que há de melhor: Jesus! A Deus peço que guarde, livre os que amo, tão longe de mim...
E que eu possa mais vezes visitar seu chão e ver dissiparem as nuvens, ver encher a terra, as casas, os cafezais de Esperança! Porque a vida continua... E aqui ou lá, ah, com intensidade precisa ser vivida!
Deus abençoe este lugar! Deus abençoe Machado!
Waldeliz N. Gonçalves (Waldinha) é machadense e reside em Ubatuba (SP)
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